Conceito de máquinas em rede Intelligent na Ries Akustik

12.05.2022   |   Alerheim   |   Alemanha

Uma bola se choca contra a parede a 100 km/h. O público grita, buzina e aplaude. Para que eventos esportivos indoor não causem danos auditivos em atletas e torcedores, os ginásios precisam absorver bem o som. E é neste momento que a Ries Akustik entra em campo. A empresa não só está mais forte do que nunca com a recente combinação de máquinas instaladas da HOMAG, que consiste em uma serra seccionadora de placas, depósito e centro de furação, como também acabou de galgar posições no campeonato dos fornecedores de placas acústicas.

A Ries Akustik Innenausbau GmbH foi fundada em 1997 em Alerheim na Baviera, perto de Nördlingen. A empresa especializou-se no processamento, transformação e montagem de painéis derivados de madeira. Esses painéis são usados em acabamentos internos dos mais variados tipos de construção, como ginásios esportivos, piscinas internas e quadras esportivas. No foco estão elementos construtivos absorvedores sonoros como painéis acústicos para paredes e tetos, paredes de impacto e também portas, portões e outros elementos construtivos de ginásios esportivos. Esses elementos precisam satisfazer regras rígidas tanto no quesito de características acústicas quanto no de proteção contra incêndio, segurança e ajuste perfeito.

O portfólio da Ries Akustik tem soluções de sistemas licenciadas para isso. Elas são instaladas em cooperação com parceiros de instalação em todo o país. Os clientes provêm principalmente do setor público e municipal. "Nós operamos uma empresa de projetos individuais de acabamento interno especial", explica André Wild que, junto com sua esposa Annemarie, o codiretor Jürgen Rothgang e o gerente de produção Harald Weng, comanda o negócio na segunda geração desde 2017.

A Ries Akustik Innenausbau GmbH desenvolveu-se bem e seguiu uma trajetória de crescimento contínuo.

"Para poder ampliar a lucratividade e o espectro das nossas possibilidades de produção, há mais de cinco anos investimos em um centro de processamento CNC de cinco eixos da HOMAG", relata André Wild. Um pouco depois, seguiu-se a aquisição de uma nova lixadeira de banda larga da HOMAG. O objetivo era aumentar a porção de agregação de valor internamente na empresa.

Antes, as placas acústicas processadas pela Ries eram geralmente produzidas fora, por fornecedores altamente especializados. Pois para fabricar painéis com efeito acústico a partir de material de placas, as superfícies do material devem ser providas com furos. "Com as técnicas convencionais, esse trabalho não é economicamente viável. Mesmo com as nossas máquinas BMG da HOMAG, do ponto de vista da rentabilidade, só conseguíamos fabricar componentes acústicos para solicitações especiais", explicou Annemarie Wild. Por isso, e considerando que o espaço disponível no local anterior no centro de Alerheim estava cada vez mais apinhado, surgiu a ideia de um novo prédio.

Face aos desafios do futuro e ao crescimento contínuo, os responsáveis optaram logo por uma solução ótima e já planejaram todo um novo conceito de máquinas no novo local. "Nós estamos num mercado de nicho que exerce uma grande pressão sobre os preços", diz o gerente de produção Harald Weng e esclarece: "Às vezes, é apenas uma diferença de 500 euros que decide se o contrato do projeto de um ginásio esportivo municipal é nosso ou não. Por isso, fabricação interna elevada e máxima eficiência decorrente de uma produção interligada e sistemática e processos perfeitamente alinhados são decisivos para nós – já agora, mas especialmente pensando no futuro".

Com esse desafio na bagagem, a direção da empresa se aproximou da HOMAG com um conceito radical. Ele previa a combinação de uma serra seccionadora de placas SAWTEQ B-300 com um gerenciador de estoque totalmente automático. Depois do corte dos componentes, grande parte deles, com ligeiro trabalho manual, iria diretamente ao centro de furação DRILLTEQ H-600 da HOMAG, que também está na lista de desejos.

"Para nós, não só as novas máquinas eram importantes para a nossa meta, mas também a criação de um fluxo contínuo de dados, material e informações: desde o planejamento e os preparativos para o trabalho, passando por todas as estações de processamento chegando até a montagem no local", contou Weng. Além de uma arquitetura de TI e software adequada, havia a necessidade sobretudo de uma estratégia de identificação bem planejada: todos os componentes precisavam ser identificados logo após o corte com informações que deveriam ser legíveis automaticamente para as etapas de processamento subsequentes.

O gerenciador de estoque da HOMAG lembra um disco rotativo central que distribui o material na produção da Ries Akustik.

Ele alimenta tanto a serra SAWTEQ B-300 como o centro de furação DRILLTEQ H-600 com placas brutas ou componentes. A sequência aproximada: para poder oferecer uma grande variedade de placas e sempre ter material disponível, a empresa mantém placas brutas em quantidade suficiente em estoque. Muitas delas, em um depósito externo. Quando há necessidade de reabastecimento, uma pessoa da equipe vai buscar o material com uma empilhadeira e coloca as placas em paletes no local de armazenamento da STORETEQ S-200. A estocagem em si ocorre de forma totalmente automática. Para isso, o estoque é equipado com uma potente viga transversal de sucção.

"O estoque move todo o material de placas de uma área de um meio metro quadrado até dez metros quadrados. E ninguém mais precisa pôr a mão e fazer trabalho físico", destaca André Wild. Depois do corte, são determinadas todas as balizas para a sequência do processamento mecânico que vem a seguir: os componentes que devem seguir imediatamente para o CNC, para a sala de operações ou para o setor de acabamento, onde estão o sistema de lixamento e o de pintura, são retirados diretamente pelo operador da serra e empilhados pelo módulo de empilhamento CADmatic Classic em um porta-paletes. Já as peças que terão que ser processadas no centro de furação – e há muitas dessas na Ries Akustik – passam pela serra de volta ao estoque. Lá elas serão armazenadas temporariamente ou colocadas em um transportador de rolos automático e levadas ao centro de furação. O espectador desse contínuo deposita, eleva, recoloca placas e componentes tem a sensação de um balé bem ensaiado. A viga transversal de sucção dá a impressão de seguir uma coreografia complexa e o controle do depósito age com um maestro cuidadoso de uma sinfonia complexa.

E é bem isso mesmo. Só que a coreografia não é ensaiada, mas continuamente reescrita pela inteligência concentrada das soluções integradas da HOMAG – de acordo com o pedido de processamento e o processo de produção.

Um conceito de máquina tão perfeitamente sincronizado com os processos de produção como o da Ries Akustik só pôde ser desenvolvido no âmbito de uma parceria eficaz de desenvolvimento. E é assim que Annemarie Wild também encara isso e conta: "Quando começamos os planejamentos com a HOMAG, tínhamos apenas uma ideia básica. A solução com que trabalhamos no momento e avançamos para o futuro foi surgindo de forma especial e gradual em estreita cooperação com os especialistas da HOMAG. Esta, aliás, foi fundamental para nós".

A busca por máxima eficiência e qualidade na produção sempre esteve no centro do planejamento.

Isso já começou com a construção do novo pavilhão. "Nós não saímos simplesmente comprando um terreno e construindo aleatoriamente. Para nós, foi muito mais importante estabelecer quais eram os pré-requisitos que o novo pavilhão precisava satisfazer para um conceito de máquina ideal. A prioridade era o layout da linha de produção; o pavilhão foi, então, construído ao seu redor", segundo Annemarie Wild.

A Ries Akustik também não economizou no que tange a tecnologia e sistemas de assistência. Por exemplo, no corte: a serra de placas instalada dispõe de vários equipamentos adicionais. Um dos pontos altos é o intelliGuide Premium. Este sistema de assistência orienta o operador da serra passo a passo durante o corte através de sinais ópticos e projeções a laser diretamente na peça a ser cortada.

Um ponto importante é evitar erros, produzir mais depressa e com menos trabalho manual. "Mas vital é o fato de o nosso novo conceito de máquinas nos permitir atingir uma fabricação interna muito maior, para que possamos oferecer produtos de excelente qualidade desenvolvidos por nós com alto grau de confiabilidade", afirma Weng. Um ritmo tremendamente mais rápido dos processos é proporcionado, por exemplo, pelo centro de furação: "No passado, também podíamos fazer furos concomitantemente com o nosso centro de processamento CNC BMG 311. Só que o novo centro de furação DRILLTEQ H-600 mais que quadruplicou a quantidade de furos por etapa de trabalho".

Para entender: o número de furos é um fator decisivo para o efeito absorvedor de painéis acústicos. Estes, além disso, também precisam satisfazer requisitos rígidos de proteção contra incêndio e emissões. Para ambos, uma superfície com muitas aberturas acaba se tornando um obstáculo. Ou seja, é necessário encontrar o equilíbrio correto.

Com a combinação de máquinas da HOMAG, que consiste em serra, estoque e centro de furação, a Ries Akustik está muito bem preparada. A produção hoje trabalha, como especialista de acabamento interno acústico, rápida e perfeitamente como nunca dantes. As novas máquinas melhoram a qualidade e, ao mesmo tempo, reduzem a mão de obra.

Mal a equipe da Ries Akustik havia colocado o novo pavilhão de produção em funcionamento no final de 2021, ela já começava a explorar novas possibilidades. "Depois que tudo estava funcionando e os complexos processos de comunicação entre as várias máquinas e soluções de software estavam bem azeitados, quisemos primeiro estabilizar nossos novos processos de produção", diz Weng, olhando para as semanas que se passaram. Nesse ínterim, essa fase já foi concluída. Agora, trata-se de aproveitar ao máximo o potencial da nova solução, estabelecer novos produtos e fabricá-los com qualidade de ponta e cada vez menos esforço. Esse é o caminho que a Ries Akustik quer trilhar junto com a HOMAG.