A Alpnach Schränke AG é uma das fabricantes líderes de móveis de armazenamento na Suíça. Recentemente, sua produção passou a ser operada exclusivamente em lotes de tamanho 1. Na operação de corte, a empresa aposta há dois anos na seccionadora robotizada SAWTEQ B-320 flexTec (agora S-320 flexTec) da Homag com encadeamento para a coladeira de bordas.
Um novo símbolo arquitetônico embeleza agora a cidade de Berna, Patrimônio Mundial da Unesco: o edifício residencial Bäre Tower em Ostermundigen. O Bäre Tower é, depois da Catedral Berner Münster, com seus 100 metros, a segunda edificação mais alta do cantão e abriga no andar térreo lojas e um restaurante, bem como mais um local gastronômico no nono andar com uma fabulosa vista para os Alpes de Berna. Além disso, o Bäre Tower compreende 152 apartamentos. “Nós instalamos chapelarias em cada um desses apartamentos em 2021”, relata Brigitte Breisacher, diretora da empresa e proprietária da Alpnach Norm, sem disfarçar seu orgulho.
Se, no caso acima, foram usados modelos padrões da empresa suíça, a variedade de móveis de armazenamento pode ser vista em uma mansão recentemente equipada: foram instalados aqui “closets para ela, closets para ele, escritório para ela, escritório para ele, quarto de criança, etc.” – com um custo equivalente a quatro vezes o orçamento de todo o Bäre Tower.
“A Alpnach Norm é um grupo de empresas irmãs que atuam de forma independente no mercado como Alpnach Schränke, Alpnach Küchen e Zurag”, explica a diretora da empresa. Ao passo que a Alpnach Schränke produz todos os tipos de móveis de armazenamento, como armários, estantes ou racks de bancada para salas e escritórios, a Alpnach Küchen oferece a cozinha sob medida em lojas especializadas e showrooms. A Zurag também comercializa em lojas especializadas os seus armários, sendo que a empresa se especializou, sobretudo, em divisórias sanitárias.
Diferente da Zurag e da Alpnach Küchen, a Alpnach Schränke fornece os seus produtos diretamente para o mercado. Anualmente, são produzidas 40.000 a 45.000 unidades. Na produção de cozinhas, são em torno de 1.800 unidades. “A fim de oferecer esses produtos diretamente aos clientes, mantemos 12 filiais na Suíça. Estamos tendo muito sucesso com a divisão dessas apresentações para armários e cozinhas, bem como com a busca por diferentes canais de comercialização.” Em torno de 90% dos armários são vendidos para apartamentos privados ou empreendimentos habitacionais, e 10% são para a construção de lojas ou espaços comerciais. No setor privado, 70% são comercializados por meio de arquitetos e empreiteiras, e 30% são vendidos diretamente ao consumidor final. Todos os produtos são regidos por um princípio de fabricação: o lote de tamanho 1.
“Nos últimos 15 anos, adequamos a fabricação sistematicamente às mudanças nas solicitações de nossos clientes”, enfatiza Bernhard Wyrsch, gerente técnico da Alpnach Schränke. Nesse sentido, a antiga fabricação de peças de estoque diminuiu drasticamente. Nesse meio tempo, operamos ainda em duas linhas, isto é, a produção de peças de estoque e de série de um lado, a produção em lotes de tamanho 1 por outro lado. Mas atualmente produzimos 100% dos pedidos em lotes de tamanho 1.”
Isso também se aplica ao corte no qual trabalhamos desde meados de 2021 com uma seccionadora robotizada SAWTEQ B-320 felexTec da Homag para corte de painéis Até então, havia um gargalo na operação de corte em relação à capacidade. Além disso, o material para a produção de peças de estoque era comprado cortado do fabricante de painéis pela Alpnach. “Tínhamos que colocar um funcionário para manejar, etiquetar manualmente e empurrar as peças para a aplicação de bordas, quando eram novamente recolhidas manualmente e submetidas ao próximo processo”, relata Wyrsch. “Isso era, sem dúvida, um trabalho físico cansativo e monótono. Mas também era um desperdício de mão de obra”. Além disso, havia o risco de peças etiquetadas incorretamente causarem a parada da coladeira de bordas. “Por fim, havia um grande desperdício de material porque não conseguíamos otimizar o corte em todas as peças necessárias (peças de depósito exclusivas).”
As exigências para a nova linha de corte se deram naturalmente a partir dessa condição. Em primeiro lugar, a Alpnach queria futuramente operar o corte sem funcionários e sem o risco latente de erros. Como solução, a HOMAG ofereceu para isso a SAWTEQ B-320 flexTec . Um concorrente incluiu um sistema angular no processo. “Ambas as variantes teriam sido implementáveis para nós, porque estão concebidas para a produção em lotes de tamanho 1 com alta flexibilidade. O sistema angular até teria proporcionado um desempenho maior”, assinala Wyrsch. “O fator determinante que recaiu sobre a seccionadora robotizada foram a melhor relação custo-benefício e o fato de que a HOMAG estudou intensivamente as nossas necessidades, ela mergulhou de cabeça no trabalho.”
A instalação da linha de produção ocorreu em duas etapas. Após a montagem da SAWTEQ no verão, o encadeamento com a coladeira de bordas foi realizado no inverno de 2021. “Atualmente, temos uma produção por turno de 1.500 peças, o que é suficiente para nós, em média. Se precisarmos de um maior fluxo de produção, podemos compensar isso com a inclusão de mais um turno.”
O corte é iniciado hoje com um sistema de armazenamento de painéis, organizado pela Alpnach Schränke como um armazém vertical. Os painéis são registrados em forma de pacotes por código de barras, colocados sobre uma esteira de roletes e levados ao depósito. Aqui um aparelho de comando e controle atrelado aos trilhos abastece as estantes cantiléver com pilhas de painéis de acordo com as normas estabelecidas. “Dessa forma, definimos, por exemplo, quais espaços são ocupados por painéis de uma única variedade, que são os mais requisitados por nós, e quais espaços são ocupados por pilhas caóticas. Enquanto um software de depósito controla automaticamente essa entrada e saída do depósito, a coordenação de produção define a ordem de processamento dos pedidos. Nesse processo, também é definido quais pedidos devem ser cortados separadamente ou incluídos ao lote.
“Em seguida, os lotes de corte são liberados em sequência por três pontos de montagem”, expõe Wyrsch. “Atrás da seccionadora, há mais um lugar para o corte. Estando esse lugar vazio, é trazida uma pilha pré-montada. No entanto, sempre haverá três lugares livres, de modo que tenhamos a segurança de que o processo transcorrerá sem interrupções. E agora passamos para a SAWTEQ.“
Nessa etapa, toda a preparação de trabalho que a Alpnach realiza com Imos (CAD) e Kuhnle (software industrial) já está pronta. Os dados necessários para a fabricação também foram enviados às máquinas por intranet, sendo que o software Schnitt Profi(t) da Homag assumiu a otimização do corte. “No momento, estamos implementando um sistema MES, de modo que possamos agrupar ainda melhor os pedidos”, comenta Wyrsch. “Nós alocamos os pedidos por encomenda na produção”, conclui ele. “Isso é prioridade. Futuramente, queremos agrupar em maior escala os mesmos materiais e prazos de acordo com os pedidos. Ao mesmo tempo, é apropriado que espessuras diferenciadas passem pela comporta somente uma vez ao dia, porque requerem as maiores adaptações e desaceleram a produtividade ao máximo. Com o sistema MES, queremos aproveitar ainda mais as nossas capacidades.”
A SAWTEQ B-320 flexTec, projetada como célula de seccionamento para o corte flexível por encomenda ou por cliente de forma artesanal ou industrial, permite um planejamento de corte totalmente automático graças à tecnologia de robótica e de cortes sequenciais. Cabeceiras e peças principais podem ser cortadas em qualquer comprimento, sendo que por turno obtém-se uma capacidade de produção de até 3.000 peças. Como na Alpnach Schränke, a seccionadora robotizada e o sistema de aplicação de bordas apresentam fluxos de produção levemente diferentes, após a seccionadora, é usado um sistema de armazenamento temporário, “de modo que também podemos operar a seccionadora de maneira autônoma, por exemplo, na hora do almoço”, assim Wyrsch. “O sistema de armazenamento temporário está sempre devidamente preenchido, e a borda sempre é reabastecida suficientemente.” A tecnologia de robótica garante nesse corte uma disponibilidade de quase 100%, sendo que a seccionadora corta automaticamente na direção longitudinal e transversal. Isso, comparado a outros projetos de seccionadora, como um sistema angular, tem vantagens claras de espaço. Além disso, o robô movimenta os painéis de maneira cuidadosa graças à tecnologia de vácuo.
“A grande vantagem da SAWTEQ para nós hoje é o trabalho autônomo, flexível”, ressalta Wyrsch. “O que nos tranquiliza, acima de tudo, é o fato de que as peças estão etiquetadas corretamente e que não haverá interrupções do processo na coladeira de bordas.” As sinergias resultam do fato de que a Alpnach não trabalha apenas com a HOMAG na área de corte e aplicação de bordas, mas opera uma série de outros sistemas do fabricante. “Devido aos softwares de controle e operação abrangentes, temos uma série de efeitos de reconhecimento e podemos, assim, alocar os funcionários de maneira flexível.”
Considerando esse cenário, daremos continuidade à cooperação já iniciada nos últimos projetos: para o final do ano, está planejado o comissionamento de mais uma seccionadora que deverá proporcionar uma maior gama de peças. “Com isso, queremos futuramente cortar o material que não é transportado de volta ao armazém vertical. Também serão incluídos painéis brutos e de resina sintética auto-revestidos”, explica Wyrsch. “Sempre há peças que não podem ser operadas em um determinado sistema. Ao fecharmos essas lacunas com a seccionadora horizontal convencional, teremos no futuro um conceito de produção coeso em todos os aspectos.”
«A grande vantagem da SAWTEQ para nós hoje é o trabalho autônomo e flexível. O que nos tranquiliza, acima de tudo, é o fato de que as peças serão etiquetadas corretamente e que não haverá interrupções do processo na coladeira de bordas.»Bernhard Wyrsch, Gerente Técnico da Alpnach Schränke